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domingo, 14 de agosto de 2011

Aprendi na Fazenda.


Depois de um longo dia de trabalho, dei aquele suspiro sentado no sofá de casa, folheando um livro, descansando a alma.
No entanto, interrompendo minha tranquilidade, o televisor entrou em cena e a voz do Brito Junior tirou meus animados olhos daquelas páginas cheias de sabedoria.
Sim, eu poderia ter me levantado, ido para o meu quarto, e de portas fechadas, recomeçado a leitura. Fiz isto? Não!
Alguma coisa muito ruidosa estava acontecendo na tela e me dei ao luxo de acompanhar a saga.
Brigas. Desentendimentos agudos. Troca de acusações. Falsidade. Inimizade. Lágrimas.
Diante de milhares de pessoas, a incompreensão dava o seu show e animava seus fãs. Era uma peça encenada pelo conflito.
Porém, no meio dos tropeços, fui surpreendido por um passo sagrado.
Agora todos estão próximo à mesa. Os gritos foram substituídos por uma conversa. Um tempo de diálogo.
Não entrarei no mérito de avaliar a sinceridade disto, mas muitos começaram a abrir o coração. Confessaram suas limitações. Narraram dores de uma história que pouco a pouco ia escorrendo pelos olhos.
Então, um deles pediu a palavra. Era o “cumpadre washington”. Hoje ele já não é mais “celebridade”, porém, percorreu o país com o grupo “É o tchan”. Grupo do qual a Carla Perez e o Jacaré fizeram parte por muito tempo.
Seus dizeres vinham de uma voz embargada. Um peito rasgado. Ele mal conseguia terminar uma frase.
Muito emocionado, o forte “Cumpadre” desabou contando sua recente perda. Havia ficado um vazio na família. Sua irmã morreu.
Um choro, feito linha de costureira habilidosa, uniu todos os olhos e fez com que corajosos se tornassem novamente crianças.
No meio da luta por dinheiro, fama e reconhecimento, a Vida revelou seu verdadeiro rosto, e o mesmo estava em prantos.
Eu também chorei. A morte rodeia a todas as casas e não é diferente com ninguém.
Diante de um programa tão avesso à reflexão, fui lembrado de que o tempo passa, levando os sonhos de muitos embora.
É na mesa. Na sinceridade do que somos. Partilhando nossas cargas. Confessando nossos assombros. É na mesa. Ladeado por gente como a gente. É neste momento que a Vida chama a atenção para si e diz: – Nossa maior necessidade não será conquistada com dinheiro, fama, reconhecimento e sucesso. Todos precisam é de comunhão. Precisamos de sorrisos ao lado do nosso e de alguém que chore conosco.



Texto do Thiago Grulha




Deus abençoe a todos!
Abraços.
Bianca Tavares

Um comentário:

Mari* disse...

Oi irmã... amei o post!!
=)
LindoOoo...
Deus Abençoe!
AmOOo